quarta-feira, 23 de março de 2011

Namoro Santo

              Ficar ou Namorar, uma questão de coerência.
     

E o Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda.'' (Gn 2,18).

Assim Deus providenciou ao homem uma ajuda que estivesse a sua altura, com a mesma dignidade. Isso por que o homem em si é precário e limitado, precisa da ajuda do outro. Quando a pessoa sai de si, o eu, que antes vivia isolado e sozinho, se transforma em uma fração de nós. Esse é o sentido do casamento, um encontro de duas pessoas que, consagrando-se uma à outra, formam uma comunidade cordial, mas para chegar até lá existe um caminho a percorrer que começa no namoro, ou até mesmo antes.
Muitos jovens estão perdendo de vista o real sentido do namoro como preparação para o casamento, e se entregando à aventuras afetivas do tipo ''ficar''.
Ficar é estar com um outro, mas sem compromisso, partilhando carícias e afetos num período de tempo muito rápido, de algumas horas até no máximo poucos dias. É satisfazer os desejos e tenções que vêm da precariedade humana fazendo uso do outro. O ficar é usar, e com isso, o eu continua fechado em si, numa individualidade agressiva que só pensa no ''próprio umbigo''.
Com certeza tudo isso tem um alto preço e traz conseqüências, pois o próprio nome já diz − ficar é troca de afeto, isso quer dizer que ficar afeta, produz algo no outro, e em nós mesmos se entramos nessa.
Diante de tudo isso a pergunta é: será que os jovens ficantes estão dispostos a pagar o preço por suas ações assumindo as conseqüências?
A lei física da ação e reação de Newton diz que para toda ação há uma reação, ou ainda como conta o dito popular ''o que se planta colhe''. Se existe leis tão certas e inflexíveis no mundo físico, não há como negar que também existem leis no mundo espiritual e das relações humanas. Um exemplo disso é o que São Paulo escreve: ''Quem semeia na própria carne, da carne colherá corrupção'' (Gl 6,8a), ou seja, quem semeia violência colherá violência, quem semeia vícios colherá vícios e quem semeia libertinagem não colherá outra coisa senão libertinagem.
É preciso ser coerente e responsável diante da realidade e investir naquilo que realmente trará bons frutos, ou seja, aquele que quer ser feliz com um bom casamento deve antes ter um namoro responsável e sadio para este desembocar em um casamento duradouro, pois ''quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a Vida eterna.'' (Gl 6,8b)

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